O condomínio edilício em regime de multipropriedade e a lei nº 13.777/2018: o avanço dos direitos reais.
DOI:
https://doi.org/10.21880/ius%20gentium.v10i3.496Resumo
Com o advento da Lei nº 13.777/18, foi incorporado definitivamente a multipropriedadeimobiliária ao Código Civil de 2002. Através desse instituto, diversos proprietários dividem oaproveitamento econômico de determinado imóvel em turnos intercorrentes, direcionando-osdetalhadamente a cada um dos titulares, de forma exclusiva e em caráter perpétuo, de talsorte que a cada multiproprietário corresponda o direito de fração espaço-temporalincidente. Claro fica que o ordenamento não pode deixar de reconhecer o exercíciosimultâneo da propriedade por mais de um sujeito. A multipropriedade consiste num DireitoReal sobre imóvel, condicionado e limitado, considerando que cada multiproprietário poderácompartilhá-lo de forma fixa, determinada, flutuante ou mista, cabendo aos proprietáriosdefinirem, de comum acordo, em registro, os períodos de uso que caberão a cada um.Portanto, o objetivo da pesquisa é abordar o regime da multipropriedade à luz da Lei13.777/18, bem como o uso do condomínio edilício ante esse regime. Utilizou-se depesquisa bibliográfica, de método qualitativo, de caráter exploratório, para desvelar aspectosdoutrinários que tratam do tema, somados à legislação aplicável ao debate. Os resultadosda pesquisa se baseiam na compreensão da nova Lei que preencheu o vácuo legislativoquanto à multipropriedade, apresentando o condomínio edilício sob este regime, como umamodalidade de propriedade de grande relevância social, em especial, para a organizaçãourbana.Downloads
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 ago. 2019.
BRASIL. Lei nº 10.046, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 17 ago. 2019.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 17 ago. 2019.
BRASIL. Lei nº 13.777, de 20 de dezembro de 2018. ltera as Leis n º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei dos Registros Públicos), para dispor sobre o regime jurídico da multipropriedade e seu registro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13777.htm. Acesso em: 13 set. 2019.
CAMBLER, Everaldo Augusto. Incorporação Imobiliária: ensaio de uma teoria geral. São Paulo. Revista dos Tribunais. 1993.
FERNANDES, Edésio. Direito Urbanístico. São Paulo. Del Rey. 1998.
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense. 22. ed. 2019.
LOPES, João Batista. Condomínio. São Paulo. Revista dos Tribunais, 10. Ed. rev., atual. e ampl. 2008.
LOUREIRO FILHO, Lair da Silva. LOUREIRO, Cláudia Regina de Oliveira Magalhães da Silva. Notas e Registros públicos. São Paulo. Saraiva. 4ª. ed. 2012.
MAXIMILIANO. Carlos. Condomínio. Rio de Janeiro. Freitas Bastos. 5.ª Edição. 1961.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo. Malheiros. 42 Edição. 2016.
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado – Parte Especial. Rio de Janeiro. Editor Borsoi. Tomo XIII. 1955.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil – Direito das Coisas. São Paulo. Saraiva. 44.ª Edição. 2015.
SERPA LOPES, Miguel Maria de. Curso de Direito Civil. Rio de Janeiro. Freitas Bastos. Vol. VI. 1961.
SILVA PEREIRA. Caio Mario da. Condomínio e Incorporações – Trinta anos. Revista de Direito Civil, Imobiliário, Agrário e Empresarial. São Paulo. 13ª ed., 2018.
SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo. Malheiros. 8ª Edição. 2018.
TOMASEVICIUS FILHO, Eduardo. Multipropriedade imobiliária no Brasil: antes nunca do que tarde? In Conjur, 28/1/19.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Multipropriedade (time sharing). Disponível em: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI295907,61044-Multipropriedade+time+sharing. Acesso em: 13 set. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor e do periódico, com os direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, com aplicações educacionais e não comerciais, de acordo com o creative commons.