Investigação sobre a percepção de alunos do ensino fundamental acerca do cativeiro e tráfico ilegal de animais silvestres

Autores

  • Camila Alvez Islas Universidade Estadual de Campinas
  • Greici Maia Behling Universidade Federal de Pelotas
  • Samuel Molina Schnorr Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v14i33.1626

Resumo

RESUMO

O objetivo dessa pesquisa foi investigar a percepção de alunos do ensino fundamental sobre o cativeiro e o tráfico ilegal de animais silvestres e desenvolver atividades de Educação Ambiental (EA) sobre a temática. Procurou-se, ainda, compreender se as atividades realizadas são efetivas como ferramentas informativas, de sensibilização e de incentivo à mudança de postura frente às questões da fauna. Assim, foram desenvolvidas atividades de EA que trataram dos temas de cativeiro ilegal e do tráfico de animais silvestres em cinco escolas na região do município de Pelotas, Brasil. Ao total foram envolvidos 231 alunos com faixa etária entre 9 e 13 anos. O trabalho dividiu-se em quatro etapas e se distribuiu ao longo de um mês em cada escola. A partir dessa investigação, desenvolveu-se um entendimento maior sobre a EA realizada nas escolas, em um processo de formação crítica das suas relações com o meio ambiente e com a sociedade. Conclui-se que as atividades desenvolvidas são efetivas como ferramenta informativa e de sensibilização, especialmente no que tange às questões subjetivas ligadas ao tema.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Ensino fundamental; Tráfico de animais silvestres; Cativeiro ilegal.

 

ABSTRACT

The objective of this research was to investigate the perceptions of students from elementary school about the captivity and illegal wildlife trafficking   and to develop Environmental Education (EE) activities regarding this theme. We aimed to understand if these activities are effective as informative tools, to raise awareness and to encourage a change of posture towards the subject. Thus, environmental education activities regarding illegal captivity and wildlife trafficking were developed in five schools in the region of Pelotas city, Brazil. In total, 231 students between 9 and 13 years were involved. The activities were divided into four steps and applied over a month in each school. Based on this research, a greater understanding was developed on the EE activities carried out in schools, in a process of critical formation of their relationship with the environment and the society. Therefore, it is concluded that the activities developed were effective to be used as information and awareness tool, especially those regarding subjective issues related to the theme.

Keywords: Environmental education; Elementary school; Wildlife trafficking Illegal captivity.

 

RESUMEN

El objetivo de esta investigación fue investigar la percepción de alumnos de escuelas básicas sobre el tráfico y el cautiverio ilegal de animales silvestres y desarrollar actividades de Educación Ambiental (EA) sobre la temática. Se buscó, aun, comprender si estas actividades son efectivas como herramientas informativas, de sensibilización y de incentivo al cambio de postura frente a los problemas relativos a la fauna. Así, se desarrollaron actividades de EA que trataron de los temas del cautiverio ilegal y del tráfico de animales silvestres en cinco escuelas de la región de la ciudad de Pelotas, Brasil. En total, participaron 231 alumnos, con un rango de edad entre 9 y 13 años. El trabajo se dividió en cuatro etapas y se distribuyó a lo largo de un mes en cada escuela. A partir de esa investigación, se busca un entendimiento mayor sobre  la EA en las escuelas, en un proceso de formación crítica de su relación con el medio ambiente y con la sociedad. Se concluye que las actividades desarrolladas son efectivas como herramienta informativa y de sensibilización, en especial en lo que se refiere a las cuestiones subjetivas relacionadas con la temática.

Palabras-clave: Educación ambiental; Educación básica; Tráfico de animales silvestres; Caza ilegal.

DOI: http://dx.doi.org/10.22169/revint.v14i33.1626

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila Alvez Islas, Universidade Estadual de Campinas

Doutorado em Ecologia - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atua no Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS) - Rio de Janeiro. E-mail: camilaai@hotmail.com

Greici Maia Behling, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação Ambiental - Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Docente colaborador da  UFPEL.  E-mail: biogre@gmail.com

Samuel Molina Schnorr, Universidade de São Paulo

Doutorado em Educação - Universidade de São Paulo (USP). E-mail: schnorr.sm@gmail.com

Referências

BRASIL. Lei Federal nº 7.653, de 12 de fevereiro de 1988. Lei de proteção à fauna. Altera a redação dos arts. 18, 27, 33 e 34 da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna, e dá outras providências. Brasília, DF, 1988.

BRASIL. Lei Federal nº. 5.197 de 03/01/67. Dispõe sobre a Proteção a Fauna e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5197.htm. Acesso em: 18 jun. 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências da natureza e matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2000.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

CHUAHY, Rafaela. O extermínio dos animais. Rio de Janeiro: Zit, 2006.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

FREITAS, R. E.; RIBEIRO, K. C. C. Educação e percepção ambiental para a conservação do meio ambiente na cidade de Manaus – uma análise dos processos educacionais no centro municipal de educação infantil Eliakin Rufino. Revista Eletrônica Aboré, v. 3, n. 1, 2007.

IBAMA. Fauna. 2012. Disponível em: www.ibama.gov.br. Acesso em: 18 jun. 2012.

INSAURALDE, Ana L.; GUIA, Marcielly; FELIX, Giseli. O tráfico de animais e suas consequências. Anais... XVI Encontro nacional de geógrafos, Porto Alegre, jul. 2010.

ISLAS, Camila A.; BEHLING, Greici M. Problematizando a temática do tráfico de animais silvestres e do cativeiro ilegal na sala de aula: perspectivas da educação ambiental na percepção de professores da educação básica. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 11, n.1, p. 66-80, 2016.

KELLERT, Stephen R. The biological basis for human values of nature. In: KELLERT, S.R.; WILSON, E.O. The biophilia hypothesis. Washington: Island Press, 1993. p. 42-72.

LEVINSHON, Thomaz; PRADO, P. Quantas espécies há no Brasil? Megadiversidade, v.1, n. 1, p. 36-42, 2005.

LOUREIRO, Carlos F. B. Educação ambiental transformadora. Identidades da educação ambiental brasileira/Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; LAYRARGUES, Philippe P. (Org.). Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.

MANZOCHI, L.H.; SANSOLO, D.G. Educação, escola e o meio ambiente. In: SORRENTINO, M.; TRAJBER, R.; BRAGA, T. Cadernos do III Fórum de educação ambiental. São Paulo: Gaia, p. 151-174, 1995.

MARQUES, M.; MENEGHETI, J. Portaria de caça: um instrumento para conservação da fauna. Natureza em Revista, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, n. 9, p. 14-20, 1982.

MICHAELIS. Dicionário de Língua Portuguesa Online. 2017. Disponível em: http://michaelis. uol.com.br. Acesso em: 16 out. 2017.

POTEN, C. J. America´s illegal wildlife trade: a shameful harvest. National Geographic, v. 180, n. 3, p. 106-132, 1991.

PRONEA. Programa Nacional De Educação Ambiental. Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Educação. Coordenação Geral de Educação Ambiental. 3. ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, p. 102, 2005.

QUINTAS, J. S.; GUALDA O., M. J. A formação do educador para atuar no processo de gestão RENCTAS. 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico da Fauna Silvestre. Brasília, p. 108, 2001 Disponível em: http://www.renctas.org.br/files/REL_RENCTAS_pt_final.pdf. Acesso em: 04 mar. 2012.

ROSA, A. C. M. As grandes linhas e orientações metodológicas da educação ambiental. MMA. Ministério do Meio Ambiente, 2001.

SEGURA, Denise de S. B. Educação ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001.

SORRENTINO, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a educação ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. et al. (Orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA. p. 27-32, 1998.

WEBSTER, D. The Looting and Smuggling and Fencing and Hoarding of Impossibly Precious, Feathered and Scaly Wild Things. New York Times Magazine: New York, n. 28, 1997.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2019-12-13

Como Citar

ISLAS, C. A.; BEHLING, G. M.; SCHNORR, S. M. Investigação sobre a percepção de alunos do ensino fundamental acerca do cativeiro e tráfico ilegal de animais silvestres. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], v. 14, n. 33, p. 626, 2019. DOI: 10.22169/revint.v14i33.1626. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/610. Acesso em: 5 maio. 2024.