O trabalho enquanto princípio educativo no campo

Autores

  • Denise Martins Bloise UNINTER Professora-corretora Centro Universitário Celso Lisboa/IBH

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v14i32.1659

Resumo

RESUMO

O presente estudo objetiva analisar o princípio educativo contido na categoria do trabalho, correlacionando com dois grupos de agricultores familiares, residentes na Região de Natividade no Estado do Rio de Janeiro, e na Região do Brejal, em Petrópolis, RJ. Pretendemos investigar as modificações ocorridas no mundo do trabalho, com ênfase nas análises de Lukács, Organista, Antunes e Marx. Buscamos refletir sobre o trabalho desenvolvido por esses dois grupos de agricultores, estabelecendo um paralelo entre eles e averiguando sua característica camponesa. Concluímos que, ao se relacionar com a natureza, o homem se modifica, ao mesmo tempo que modifica a própria natureza. Essa transformação ocorre através do trabalho que o homem executa, segundo a visão marxista do trabalho considerado como princípio educativo, mote da nossa pesquisa. No caso dos grupos estudados, agricultores familiares de base camponesa, trata-se de um trabalho que o homem imprime sobre a terra, extraindo dela sua sobrevivência. Esses agricultores trabalham com práticas agroecológicas, constituindo-se como organismos não só de produção, mas organismos sociais, que comprovam o caráter educativo do trabalho. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo.

 

Palavras-chave: Trabalho; Educação; Campo.

ABSTRACT

The present study aims to analyze the educational principle contained in the work category, correlating with two groups of family farmers residing in the Nativity Region in the State of Rio de Janeiro and in the Brejal Region in Petrópolis, RJ. We intend to investigate the changes occurring in the world of work, with emphasis on the analyzes of Lukács, Organista, Antunes and Marx. We seek to reflect on the work developed by these two groups of farmers, establishing a parallel between them and ascertaining their peasant characteristic. We conclude that, in relating to nature, man changes, at the same time that he modifies nature itself. This transformation occurs through the work that man performs according to the Marxist vision of work as an educational principle, the motto of our research. In the case of the groups studied, peasant-based family farmers, this is a work that the man prints on the earth, extracting from it his survival. These farmers work with agro-ecological practices, constituting themselves as organisms not only of production, but social organisms, which prove the educational character of the work. A bibliographical research and a field research were carried out.

 

Keywords: Work; Education; Field.

RESUMEN

El presente estudio tiene como objetivo analizar el principio educativo contenido en la categoría de trabajo, en correlación con dos grupos de agricultores familiares que residen en la Región de la Natividad en el Estado de Río de Janeiro y en la Región de Brejal en Petrópolis, RJ. Pretendemos investigar los cambios que ocurren en el mundo del trabajo, con énfasis en los análisis de Lukács, Organista, Antunes y Marx. Buscamos reflexionar sobre el trabajo desarrollado por estos dos grupos de agricultores, estableciendo un paralelo entre ellos y determinando su característica campesina. Concluimos que, en relación con la naturaleza, el hombre cambia, al mismo tiempo que modifica la naturaleza misma. Esta transformación se produce a través del trabajo que el hombre realiza de acuerdo con la visión marxista del trabajo como un principio educativo, el lema de nuestra investigación. En el caso de los grupos estudiados, agricultores familiares basados ​​en campesinos, esta es una obra que el hombre imprime en la tierra, extrayendo de ella su supervivencia. Estos agricultores trabajan con prácticas agroecológicas, constituyéndose como organismos no solo de producción, sino de organismos sociales, que demuestran el carácter educativo del trabajo. Se realizó una investigación bibliográfica y una investigación de campo.

 

Palabras clave: Trabajo; Educación; El campo.

 



DOI: http://dx.doi.org/10.22169/revint.v14i32.1659

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Denise Martins Bloise, UNINTER Professora-corretora Centro Universitário Celso Lisboa/IBH

Possuo Doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela UFRJ, Mestrado em Educação Especial pela UERJ, Especialização em Educação Ambiental pela Cândido Mendes,  e Graduação em Pedagogia.Tenho experiência em lecionar Metodologia Científica e Didática do Ensino Superior. Tenho grande experiência em orientação e correção de monografias e em Educação à Distância.Sou Pesquisadora da área de Educação Ambiental através dos Alimentos, tenho projetos,cursos e estudos desenvolvidos nesta área.Pesquiso também a área  das Danças da Paz Universal. Sou Líder de Danças da Paz Universal, certificada pela Dances of Universal Peace International.
Tenho dois projetos escritos a serem implementados na área da Educação Ambiental.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial, 9ª reimpressão:2007.

BLOISE, Denise Martins. Análise do processo de organização dos Agricultores da FAZENDA PEDRAS ALTAS, BREJAL, PETRÓPOLIS, RJ-Um Estudo de Caso à Luz da Produção Agroecológica. Tese (Doutorado em Psicossociologia de comunidades e Ecologia social), Rio de Janeiro: UFRJ, 2013.

_____. As práticas agrícolas dos Agricultores Familiares Natividade e a Educação Ambiental Crítica. Rio de Janeiro: UERJUCAM/JBRJ, 2009.

GONZÁLES DE MOLINA, Manuel e SEVILLA GUZMÁN, Eduardo. Ecologia, Campesinato e Historia. Para uma Reinterpretacion del Desarrollo del Capitalismo em la Agricultura. In: SEVILLA GUZMÁN, Eduardo e GONZÁLEZ DE MOLINA, Manuel (orgs.). Ecologia, Campesinato e Historia. Madrid: La Piqueta, 1993.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.

LUKÁCS, Gyorgy. Para Uma Ontologia do Ser Social I. São Paulo: Boitempo Editorial:2012. Disponível em:file:///C:/Users/Denise/Downloads/Luk%C3%A1cs%20-%20Para%20uma%20Ontologia%20do%20Ser%20Social%20(boitempo)%20(2).pdf Acesso em: 19.02.2015

MARX, Karl. Manuscritos Econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. Os Pensadores (coleção).São Paulo: Nova Cultural, 4.ed: 1987.

ORGANISTA, José Henrique Carvalho. O Debate sobre a Centralidade do Trabalho. São Paulo: Expressão Popular, 2006.

PLOEG, Jan Douwe Van Der. M. Camponeses e Impérios Alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

SAVIANI, Dermeval. Da Nova LDB ao FUNDEB: por uma outra política educacional. Campinas, SP: Autores Associados, 2ed, 2008.

SOUZA JUNIOR, Justino. Princípio Educativo e Emancipação Social: Validade do Trabalho e Pertinência da Práxis. 33ªReunião da ANPED, Caxambu, 2010.

Disponível em:

http://33reuniao.anped.org.br/33encontro/app/webroot/files/file/Trabalhos%20em%20PDF/GT09-5974--Int.pdf

Acesso em: 05.03.2015

Downloads

Publicado

2019-09-06

Como Citar

BLOISE, D. M. O trabalho enquanto princípio educativo no campo. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], v. 14, n. 32, p. 366–380, 2019. DOI: 10.22169/revint.v14i32.1659. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/1659. Acesso em: 14 maio. 2024.