Metodologias ativas e ágeis na escola e em redes sociais como forma de conscientização e prevenção ao uso de drogas

Autores

  • Felippie Anthonio Fediuk de Morais Universidade Federal do Paraná Grupo de Estudos Professor, Escola e Tecnologias Educacionais (GEPPETE/UFPR)
  • Glaucia da Silva Brito Universidade Federal do Paraná Coordenadora do Grupo de Estudos Professor, Escola e Tecnologias Educacionais (GEPPETE/UFPR)
  • Marilene Santana dos Santos Garcia Centro Universitário Internacional - Uninter

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v15i34.1828

Resumo

RESUMO

Neste artigo, apresentamos um projeto que consiste em promover o protagonismo em estudantes do ensino médio, para que possam assumir a corresponsabilidade na formação de exemplos positivos para os demais alunos da escola. Para tanto, foram incentivados a pesquisar e adotar os conceitos de saúde pública e prevenção ao uso de drogas e, por meio de dinâmicas informativas, disseminar suas experiências e observações entre os alunos mais jovens, permitindo o contraste de ideias e compartilhando informações. Essa dinâmica teve como objetivo desmistificar conceitos e aproximar os alunos de diferentes níveis de ensino, mobilizando-os quanto à prevenção,  ao uso e abuso de drogas e criando um movimento de atenção à saúde no ambiente escolar. Assumimos que ser jovem é estar envolvido em experiências, trocas, conflitos, aprendizado e desenvolvimento. Em uma geração hiperconectada que utiliza as redes sociais como meio de comunicação, troca e compartilhamento de informações, buscamos instalar um movimento de prevenção e atenção à saúde escolar dentro de uma metodologia ativa, imersiva e ágil. Ao final do projeto, percebemos que conceitos como sobrecarga de informações, facilidade de acesso e consumo precoce foram confirmados. Essa dinâmica permitiu à comunidade escolar se engajar na busca de alternativas que minimizassem os efeitos. Concluindo, a possibilidade de compartilhar informações e dialogar de maneira saudável criou uma rede social positiva, onde foram revelados casos que demandavam atenção da escola e se monitoraram riscos. Foi criado um movimento no qual o compartilhamento de informações, o cuidado coletivo, a saúde e sua proteção estavam acima dos interesses individuais ou das turmas.

Palavras-chave: Metodologias ativas; Tecnologias de informação e comunicação; Mobilização; Prevenção de drogas na escola.

 

ABSTRACT

In this article we present a project that consists in promoting the protagonism in high school students, so they can take the co-responsibility in the formation of positive examples for the other students of the school.  To this end, they were encouraged to research and adopt the concepts of public health and drug use prevention and, through informative playful games, to disseminate their experiences and observations among younger students, allowing the contrast of ideas and sharing of information.  This dynamic aimed to demystify concepts and bring students closer to different levels of education, mobilizing them when preventing drug use and abuse and creating a health care movement within the school environment. We assume that to be young is to be involved in experiences, exchanges, conflicts, learning and development.  In a hyperconnected generation that uses social networks as means of communication, information exchange and sharing, we aimed to install a movement of prevention and attention to school health within an active and immersive methodology. We realized at the end of the project that concepts such as information overload, ease of access and early consumption were confirmed.  These dynamics allowed the school community to engage in the search for alternatives that minimized the effects. In conclusion, the possibility of sharing information and dialoguing in a healthy way created a positive social network, where cases requiring attention by the school were revealed and risks monitored. A movement was set up in which information sharing, collective care, health and its protection were above individual or class interests.

Keywords: Active methodologies; Information and communication technologies; Mobilization; Drug prevention at school.

 

RESUMEN

En este artículo, presentamos un proyecto de promoción del protagonismo de estudiantes de secundaria, para que pudiesen asumir la corresponsabilidad en la formación de ejemplos positivos para los demás alumnos de la escuela. Con este fin se les alentó a investigar y adoptar los conceptos de salud pública y prevención del uso de drogas y, a través de dinámicas informativas, difundir sus experiencias y observaciones entre los estudiantes más jóvenes, permitiendo la contraposición de ideas y el intercambio. Esta dinámica tenía como objetivo desmitificar los conceptos y acercar a los estudiantes de diferentes niveles de educación, movilizándolos para prevenir el uso y abuso de drogas, y crear un movimiento de atención a la salud en el entorno escolar. Asumimos que ser joven significa estar involucrado en experiencias, intercambios, conflictos, aprendizaje y desarrollo. En una generación hiperconectada, que utiliza las redes sociales como medio de comunicación e intercambio de información, buscamos instalar un movimiento de prevención y atención a la salud a partir de una metodología activa, inmersiva y ágil. Al final del proyecto, confirmamos conceptos como sobrecarga de información, facilidad de acceso y consumo precoz. Esta dinámica permitió a la comunidad escolar participar en la búsqueda de alternativas que minimizaran los efectos. En conclusión, la posibilidad de compartir información y diálogo de manera saludable creó una red social positiva, en donde se revelaron casos que exigían atención escolar y control de riesgos. Se creó un movimiento en el que el intercambio de información, la atención colectiva, la salud y su protección estaban por encima de los intereses individuales o de grupos.

Palabras-clave: Metodologías activas; Tecnologías de información y comunicación; Movilización; Prevención de drogas en la escuela.


 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felippie Anthonio Fediuk de Morais, Universidade Federal do Paraná Grupo de Estudos Professor, Escola e Tecnologias Educacionais (GEPPETE/UFPR)

Licencidado em Educação Física - PUCPR

Especializado em Educação Física Escolar e Atividdade Adaptada - Faculdades Bagozzi.

Especializado em Saúde para alunos do ensino fundamental e médio - UFPR

Mestrando em Educação - UFPR

Glaucia da Silva Brito, Universidade Federal do Paraná Coordenadora do Grupo de Estudos Professor, Escola e Tecnologias Educacionais (GEPPETE/UFPR)

Doutora em Linguística – Universidade Federal de Santa Catarina

Professora do Departamento de Comunicação

Professora do mestrado e Doutorado em Educação na área temática Cultura e Processo de Ensino-Aprendizagem, linha de pesquisa: Cultura, Escola e Ensino.

Marilene Santana dos Santos Garcia, Centro Universitário Internacional - Uninter

Pós-doutorado em Tecnologias, Inteligência e design digital - PUC-SP - TIDD

Doutora em Letras –FFLCH -  Universidade de São Paulo - USP

Mestrado em Linguística – IEL  - UNICAMP

Referências

BACICH, L.; MORÁN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora. 1. ed. Porto Alegre: Penso, 2018.

BARNES, J.A. Social networks. In: An Addison-Wesley Module in Anthropology. Module 26. Cambridge: Addison-Wesley Publishing Company, 1972. p. 1-29.

BRUSAMARELLO, T.; MAFTUM, M.A.; MAZZA, V.A.; SILVA, A.G.; SILVA, T.A.; OLIVEIRA, V.C. Papel da família e da escola na prevenção do uso de drogas pelo adolescente estudante. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, vol. 9, n. 4, p. 766-773, out./dez. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v9i4.13828

CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora. Estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. 1. ed. Porto Alegre: Penso Editora, 2018.

FLACH, R.M.D.; DESLANDES, S.F. Abuso digital ou prova de amor? O uso de aplicativos de controle/monitoramento nos relacionamentos afetivo-sexuais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de janeiro, v. 35, n. 1, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00060118

FOFONCA, E.; BRITO, G.S.; ESTEVAM, M.; CAMAS, N.P.V. Metodologias pedagógicas inovadoras e educação híbrida: contextos da educação básica e da educação superior. 1. ed. Curitiba: Editora IFPR, 2018. p. 12-24. E-book.

FONSECA, M.S. Prevenção ao abuso de drogas na prática pedagógica dos professores do ensino fundamental. 2006. Tese (Doutorado em Educação) – UNICAMP, Campinas/SP, 2006.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia - saberes necessários à prática educativa. 1. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

HALLAIS, J.A.S.; BARROS, N.F. Interculturalidade, interepistemicidade e decolonialidade: a pesquisa de co-labor. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 35, n. 9, set. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00145519

JARAMILLO, A.M.N. Território, espaço e saúde: redimensionar o espaço em saúde pública. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 34, n. 1, fev. 2018. ISSN 1678-4464. DOI: 10.1590/0102-311X00075117

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (ME). Base Nacional Comum Curricular: educação infantil e ensino fundamental. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 22 jan. 2019.

MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: Souza, C.A., Morales, O.E.T. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. v. 2. Ponta Grossa: UEPG/PROEX, 2015. E-book.

MORAIS, F.A.F.; BRITO, G.S. O uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o aumento da apropriação dos conteúdos abordados nas aulas de educação física. Ensino e Tecnologia em Revista, Londrina, v. 2, n. 2, p. 202-212, jul./dez. 2018.

MÜLLER, A.C.; PAUL, C.L.; SANTOS, N.I.S. Prevenção às drogas nas escolas: uma experiência pensada a partir dos modelos de atenção à saúde. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 25, n. 4, p. 607-616, 2008. ISSN 0103-166X. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2008000400015.

ROSA, C.P.; SILVA, E.E. A escola nova e suas influencias na educação: breve balanço bibliográfico. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2016. Disponível em: http://www.dfe.uem.br/TCC-2016/CINTHIA.pdf.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL (SEF). Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1997.

SOARES, C.B.; JACOBI, P.R. Adolescentes, drogas e AIDS: avaliação de um programa de prevenção escolar. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 109, p. 213-237, mar. 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742000000100010

ZEITOUNE, R.C.G.; FERREIRA, V.S.; SILVEIRA, H.S.; DOMINGOS, A.M.; MAIA, A.C. O conhecimento de adolescentes sobre drogas lícitas e ilícitas: uma contribuição para a enfermagem comunitária. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, mar. 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-81452012000100008

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2020-04-08

Como Citar

FEDIUK DE MORAIS, F. A.; BRITO, G. da S.; DOS SANTOS GARCIA, M. S. Metodologias ativas e ágeis na escola e em redes sociais como forma de conscientização e prevenção ao uso de drogas. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], v. 15, n. 34, 2020. DOI: 10.22169/revint.v15i34.1828. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/1828. Acesso em: 8 maio. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)