Possibilidades construcionistas com lousa digital: diálogos a partir de uma aula de abordagem instrucionista

Autores

  • Suely Scherer UFMS
  • Sérgio Freitas de Carvalho Instituto Federal Goiano

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v15i34.1769

Resumo

RESUMO

Este artigo tem por objetivo analisar o uso da lousa digital em uma aula de matemática de abordagem instrucionista; propõe-se, também, um diálogo com a abordagem construcionista para aulas que utilizem essa tecnologia. Os dados analisados foram produzidos em uma pesquisa de mestrado, em que se investigou a formação continuada para professores de matemática, com foco no uso da lousa digital. Uma das propostas dessa formação foi o planejamento e desenvolvimento de aulas para turmas da Educação Básica. A abordagem escolhida para as atividades foi a construcionista; o aluno, nessa perspectiva, é sujeito ativo que propõe, discute e confirma as suas conjecturas. Neste estudo, partimos dos dados obtidos na observação de uma aula orientada pela abordagem instrucionista, para sugerir— orientados pelos estudos de Papert e de Valente — ações em uma abordagem construcionistas para práticas educacionais com lousas digitais. Evidencia-se, nessa investigação, as dificuldades do professor em superar a abordagem instrucionista, mesmo com o emprego da tecnologia digital. Apesar de tentar estabelecer diálogo com a turma, o professor respondeu a maioria das perguntas propostas por ele; os alunos não tiveram a oportunidade de serem ativos, propor questões ou conjecturar. No entanto, são indicadas possibilidades para que essa fosse orientada pela abordagem construcionista, de forma que alunos pudessem interagir entre si, com a Lousa Digital, e com o objeto em estudo.

Palavras-chave: Aula de matemática; Tecnologias digitais; Formação de professores.

 

ABSTRACT

This article aims to analyze the use of the digital whiteboard in an instructional approach mathematics class; it is also proposed pedagogical actions with a constructionist approach for classes that use this technology. The data analyzed were obtained in a master's research, which investigated continuing education for mathematics teachers, focusing on the use of the digital whiteboard. One of the proposals of this training was planning classes for Basic Education classrooms. The approach chosen for the activities was constructionist; in this perspective, the student is an active subject who proposes, discusses and confirms his conjectures. In this study, we start from the data obtained in the observation of an instructional class, to suggest - guided by the studies of Papert and Valente - constructionist actions for educational practices with digital whiteboards. It is evident, in this examination, the teacher's difficulties in overcoming the instructional approach, even with the use of digital technology. Despite trying to establish a connection with the class, the teacher answered most of the questions proposed by him; students did not have the opportunity to be active, ask questions or conjecture. However, constructionist procedures are still recommended in activities with digital boards, with an interaction among students, teachers and the object under study.

Keywords: Mathematics class; Digital technologies; Teachers’ education.

 

RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo analizar una clase de matemáticas, de enfoque instruccional, en que se utilizó la pizarra digital; se propone, también, un diálogo con el enfoque construccionista para clases que utilicen esa metodología. Los datos analizados se produjeron en una investigación de maestría, que estudió el uso de la pizarra digital en la formación continua de profesores de matemáticas. Una de las propuestas en esta formación consistió en la planificación pedagógica destinada a alumnos de Educación Básica. . El enfoque escogido para las actividades fue el constructivista; el alumno, en esa perspectiva, es visto como un sujeto activo que propone, discute y confirma sus conjeturas. En este estudio, partimos de los datos obtenidos en la observación de una clase Instruccional, para sugerir — orientados por los estudios de Papert y Valente — acciones construccionistas para prácticas educativas con pizarras digitales.  Se evidencian, en esta investigación, las dificultades del maestro para superar el enfoque instruccional, aun con el empleo de la tecnología digital. Aunque haya intentado establecer conexión con el grupo, el docente contestó la mayor parte de las preguntas formuladas. Los estudiantes no tuvieron la oportunidad de ser activos, formular preguntas o conjeturas acerca de las situaciones estudiadas en clase. Sin embargo, todavía se indican procedimientos construccionistas para actividades con pizarra digital, con el propósito de producir interacción entre estudiantes, maestros y el objeto en estudio.

Palabras-clave: Clase de matemáticas; Tecnologías digitales; Formación de maestros.

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Suely Scherer, UFMS

Doutora em Educação: currículo, professora associada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Sérgio Freitas de Carvalho, Instituto Federal Goiano

Doutor em Educação Matemática, professor do Instituto Federal Goiano, campus Itameri


Referências

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; VALENTE, José Armando. Tecnologias e currículo: trajetórias convergentes ou divergentes? São Paulo: Paulus. 2011.

BITTAR, Marilena. A Escolha do Software Educacional e a Proposta Didática do Professor: estudo de alguns exemplos em matemática. In: Willian Beline; Nielce Meneguelo Lobo da Costa. (Org.). Educação Matemática, Tecnologia e Formação de Professores: algumas reflexões. Campo Mourão: Editora da Fecilcam, 2010, p. 215-243.

BOGDAN, R; BIKLEN, S. Investigação Qualitativa em Educação: Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

CARVALHO, Sérgio Freitas. Formação continuada em serviço e o uso da lousa digital em aulas de matemática: ações e reflexões de um grupo de professores. 2014. 150 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 2014.

CARVALHO, Sérgio Freitas. Parangolés de Ações e Lousa Digital: Movimentos de aprendizagem em aulas de Matemática. 2019. 176 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 2019.

NAKASHIMA, Rosária Helena; AMARAL, Sérgio Ferreira do. Práticas pedagógicas mediatizadas pela lousa digital. Virtual Educa, 2007. Disponível em: http://ihm.ccadet.unam.mx/virtualeduca2007/pdf/78-RN.pdf. Acesso em 14 abr. 2012.

NAKASHIMA, Rosária Helena; AMARAL, Sérgio Ferreira do; BARROS, Daniela Melaré. O uso pedagógico da lousa digital associado à Teoria dos Estilos de Aprendizagem. Revista Estilos de Aprendizagem, nº 4, 2009. Disponível em: http://www.uned.es/revistaestilosdeaprendizaje/numero_4/Artigos/lsr_4_articulo_12.pdf. Acesso em 14 abr. 2012.

PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática; tradução Sandra Costa. Ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2008.

VALENTE, José Armando. A Espiral da Espiral de Aprendizagem: o processo de compreensão do papel das tecnologias de informação e comunicação na educação. 2005. Tese (Livre Docência) – Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2005.

Downloads

Publicado

2020-04-08

Como Citar

SCHERER, S.; CARVALHO, S. F. de. Possibilidades construcionistas com lousa digital: diálogos a partir de uma aula de abordagem instrucionista. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], v. 15, n. 34, 2020. DOI: 10.22169/revint.v15i34.1769. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/1769. Acesso em: 8 maio. 2024.