Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra — resistências e conquistas

Autores

  • Gabrielle Fernanda Rocha Pinto Centro Universitário Internacional - UNINTER
  • Luana Vitória Bastos de Castilhos Centro Universitário Internacional - UNINTER
  • Camila De Andrade
  • Camilla Maria da Silva Florindo
  • Glacielli Thaiz Souza

Resumo

O presente artigo tem como objetivo retratar as lutas e conquistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em um contexto histórico de muita repressão, controle e genocídio sofrido pelos povos indígenas, negros, camponeses e, mais tarde, por aqueles que viriam a conformar o MST. Nessa análise foi possível observar que, durante toda a história, o Movimento tem lutado arduamente pela reforma agrária; com a sua expansão, foi necessário abordar outras pautas como, por exemplo, a educação no campo. O MST, através da educação, tem o propósito de mudar a visão pedagógica implantada. A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, durante a qual foi possível constatar que os interesses da classe burguesa sempre foram favorecidos pelo Estado e são antagônicos aos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Dessa forma, os direitos legais do Movimento nunca foram efetivados; atualmente busca-se combater os retrocessos através da educação.

Palavras-chave: MST; movimento; luta; educação.

Abstract

This article aims to portray the struggles and achievements of the Landless Workers Movement (MST) through a historical context of much repression, control and genocide suffered by indigenous people, blacks, peasants, and, later, by those who would become part of the MST. In this analysis, it was possible to observe that, throughout history, the Movement fought hard for agrarian reform; with its expansion, it was necessary to address other agendas, such as education in the countryside. The MST, through education, has the objective of changing the pedagogical perspective implemented. The methodology used in this work was bibliographical research, during which it was possible to verify that the interests of the bourgeois class have always been favored by the State and are antagonistic to those of the Landless Workers Movement. Therefore, the Movement’s legal rights were never implemented; currently, there is an attempt to combat setbacks through education.

Keywords: MST; movement; fight; education.

Resumen

Este artículo tiene el objetivo de retratar las luchas y conquistas del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) en un contexto histórico de mucha represión, control y genocidio sufrido pelos pueblos indígenas, negros, campesinos y, más tarde, por aquellos que vendrían a conformar el MST. En este análisis, fue posible observar que, durante toda la historia, el Movimiento ha luchado arduamente por la reforma agraria; con su expansión fue necesario asumir otras pautas como, por ejemplo, la educación en el campo. El MST, a través de la educación, tiene el propósito de cambiar la visión pedagógica implantada. La metodología utilizada en este trabajo fue la investigación bibliográfica, durante la cual fue posible constatar que los intereses de la clase burguesa siempre han sido favorecidos por el Estado y son antagónicos a los del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra. De esa forma, los derechos legales del Movimiento nunca fueron hechos efectivos; actualmente se busca combatir los retrocesos por medio de la educación.

Palabras-clave: MST; movimiento; lucha; educación.

Biografia do Autor

Gabrielle Fernanda Rocha Pinto, Centro Universitário Internacional - UNINTER

Graduando do curso de Serviço Social da UNINTER

Luana Vitória Bastos de Castilhos, Centro Universitário Internacional - UNINTER

Graduando do curso de Serviço Social da UNINTER

Camila De Andrade

Graduando do curso de Serviço Social da UNINTER

Camilla Maria da Silva Florindo

Graduando do curso de Serviço Social da UNINTER

Glacielli Thaiz Souza

Graduação em Serviço Social da UNIBRASIL. Especialização em Questão Social em uma perspectiva Interdisciplinar (UFPR), Mestrado em Tecnologia e Sociedade e Doutoranda em Tecnologia e sociedade (UTFPR).

Referências

BEZERRA NETO, Luiz. Sem-terra aprende e ensina: Um estudo sobre as práticas educativas e formativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais. Campinas: Autores Associados, 1999.

CALDART, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem-terra: o movimento social como princípio educativo. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300016. Acesso em: 20 abr. 2019.

CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA. Disponível em: http://www.contag.org.br/. Acesso em: 20 abr. 2019.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 maio 2019.

FERNANDES, Bernardo Mançano. A territorialização do MST. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. NERA, Presidente Prudente, v. 1, n. 1, Brasil, 1998.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Brasil: 500 anos de luta pela terra. Revista da ABRA, Rio de Janeiro, ano 28, n. 1-3, jan./dez. 1999. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1RbQ7Hh4u6TWbvc29x-eOXn-QFC0nOc1V/view?usp=drive_open. Acesso em: 27 set. 2021.

FERNANDES, Bernardo Mançano. A formação do MST no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

GAJARDO, M. Enseñanza básica en las zonas rurales. Chile: UNESCO/OREALC, 1988.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

GODEIRO, Nazareno. Riqueza e pobreza no campo brasileiro: a luta contra o agronegócio no século 21. São Paulo: Sundermann, 2015.

GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Tradução de Carlos Nelson Coutinho com a colaboração de Luiz Sergio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1999. v. 1.

GROFF, Apoliana; MAHEIRIE, Kátia; PRIM, Lorena. A experiência de coletivização em um assentamento de reforma agrária do MST. Rev. psicol. polít., São Paulo, v. 9, n. 17, p. 113-128, jun. 2009. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2009000100008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 14 abr. 2019.

HADDAD, Sérgio. Educação de trabalhadores rurais sem terra. Brasília: MEC/INEP/CRIE, 1994. (Série Inovações Educacionais).

HAESBAERT, Rogério. Dos múltiplos territórios à multiterritorialidade. 2004. Disponível em https://www.ufrgs.br/petgea/Artigo/rh.pdf. Acesso em: 06 jul. 2021.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário. 2006. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/2013-agencia-de-noticias/releases/13719-asi-censo-agro-2006-ibge-revela-retrato-do-brasil-agrario.html#:~:text=O%20Censo%20Agropecu%C3%A1rio%202006%20revelou,nos%20%C3%BAltimos%20vinte%20anos...&text=Em%202006%2C%20os%20cerca%20de,comum%20a%20cria%C3%A7%C3 %A3o%20de%20bovinos. Acesso em: 06 jul. 2021.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário. 2006. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2006/segunda-apuracao. Acesso em: 06 jul. 2021.

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA. O que é um Assentamento? INCRA, Brasília, 28 jan. 2020. Disponível em: https://antigo.incra.gov.br/pt/assentamentos.html#:~:text=Basicamente%2C%20o%20assentamento%20rural%20%C3%A9,pertencia%20a%20um%20%C3%BAnico%20propriet%C3%A1rio. Acesso em: 06 jul. 2021.

MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1981.

MONTAÑO, Carlos; DURIGUETTO, Maria Lúcia. Estado, classe e movimento social. São Paulo: Cortez, 2010.

MST. A luta continua: Como se organizam os assentados. São Paulo: Secretaria do MST, 1986. (Caderno de Formação, 10). Disponível em: http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/Caderno%20de%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20n%C2%BA%2010.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Nossas prioridades. 3º Encontro Nacional. São Paulo: Secretaria do MST, 1987. (Caderno de Formação, 12). Disponível em: https://mst.org.br/download/caderno-de-formacao-no-10-a-luta-continua-como-se-organizam-os-assentados/. Acesso em: 20 abr. 2019.

MST. Lutas e conquistas. 2010. Disponível em: http://antigo.mst.org.br/sites/default/files/MST%20Lutas%20e%20Conquistas%20PDF.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. Disponível em http://www.mst.org.br/. Acesso em: 19 abr. 2019.

PIANA, Maria Cristina. A construção da pesquisa documental: avanços e desafios na atuação do serviço social no campo educacional [online]. São Paulo: UNESP, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-05.pdf. Acesso em: 30 set. 2021.

O ESTATUTO DA TERRA. In: Reforma Agrária no Brasil, [s. l.], [s. d.]. Disponível em: http://reforma-agraria-no-brasil.info/estatuto-da-terra.html. Acesso em: 20 abr. 2019.

SAWAIA. Bader. As artimanhas da exclusão. Análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5648113/mod_resource/content/1/Mello%20%282001%29%20-%20A%20viol%C3%AAncia%20urbana%20e%20a%20exclus%C3%A3o%20de%20jovens%20%5Bleitura%20principal%5D.pdf. Acesso em: 06 jul. 2021.

Downloads

Publicado

2022-10-14

Como Citar

FERNANDA ROCHA PINTO, G.; BASTOS DE CASTILHOS, L. V. .; DE ANDRADE, C.; DA SILVA FLORINDO, C. M. .; SOUZA, G. T. . Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra — resistências e conquistas . Humanidades em Perspectivas, [S. l.], v. 4, n. 8, p. 91–106, 2022. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/revista-humanidades/index.php/revista-humanidades/article/view/174. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)