A avaliação do conhecimento dos docentes em Fisioterapia sobre a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)

Autores

  • Rodrigo Silva Perfeito Diretor do Instituto de Pilates, Fisioterapia e Educação: Fisart e Mestre em Ciências da Atividade Física pela Salgado de Oliveira
  • Simone Alves da Silva Discente do Instituto Fisart e Fisioterapeuta pela ASPER

Resumo

Resumo

A Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é uma ferramenta utilizada para viabilizar a categorização e descrição da capacidade funcional e da saúde de um paciente, que auxilia o fisioterapeuta a adotar medidas terapêuticas mais eficientes e específicas. Diante de sua importância, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento dos docentes em Fisioterapia sobre a existência e utilização da CIF. Para isto, realizou-se um estudo descritivo de corte transversal com 11 profissionais que atuam em uma instituição de ensino superior na graduação em Fisioterapia. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário composto por 22 perguntas, que abordou dados sociodemográficos e avaliou o conhecimento e a utilização da CIF na prática clínica. Constatou-se que todos os docentes conheciam a CIF, porém 81,81% deles tinha dificuldade para entendê-la e 72,72% para aplicá-la. Conclui-se que, mesmo diante da recomendação da OMS para a utilização da CIF, se faz necessária a implantação de treinamentos específicos para qualificar os professores universitários e, assim, facilitar o ensino e a inclusão da CIF na prática clínica. Levou-se em consideração o fato de que, se os docentes não compreendem bem a ferramenta, o processo de ensino/aprendizagem estará comprometido, o que dificultará a aplicação da CIF pelos futuros profissionais.

Palavras-chave: CIF. Docência. Fisioterapia. OMS.

Abstract

The International Classification of Functionality, Disability, and Health (ICF) is a tool used to enable categorizing and describing a patient's functional capacity and health, helping the physiotherapist adopt more efficient and specific therapeutic measures. Given its importance, this research aimed to assess the knowledge of physiotherapy teachers regarding the existence and use of the ICF. Therefore, a descriptive cross-sectional study was carried out with 11 professionals who work at a Higher Education Institution in undergraduate Physiotherapy. For data collection, a questionnaire consisting of 22 questions was applied, which addressed sociodemographic data, knowledge assessment, and ICF use in clinical practice. It was found that all teachers knew the ICF; however, 81.81% had difficulty understanding it, and 72.72% to apply it. It is concluded that, even in the face of the WHO recommendation for the use of the ICF, it is necessary to implement specific training to qualify university professors, and thus facilitate the teaching and inclusion of the ICF in clinical practice. It was taken into account the fact that if teachers do not understand the tool well, the teaching/learning process will be compromised, making it difficult for future professionals to apply the tool.

Keywords: ICF. Teaching. Physiotherapy. WHO.

Resumen

La Clasificación Internacional de la Funcionalidad, de la Discapacidad y de la Salud (CIF) es una herramienta usada para hacer viable la categorización y descripción de la capacidad funcional y de la salud de un paciente, que ayuda al fisioterapeuta a adoptar medidas más eficientes y específicas. Ante su importancia, esta investigación tuvo como objetivo evaluar el conocimiento de los docentes de Fisioterapia sobre la existencia y uso de la CIF. Para ello, se realizó un estudio descriptivo de corte transversal con 11 profesionales que trabajan en una institución de educación superior en el pregrado de Fisioterapia. Para la recolección de datos se aplicó un cuestionario con 22 preguntas que recogió datos sociodemográficos y evaluó el conocimiento y la utilización de la CIF en la práctica clínica. Se pudo constatar que todos los docentes conocían la CIF, sin embargo, 81,81% de ellos tenía dificultad para entenderla y 72,72% para aplicarla. Se concluye que, aun frente a la recomendación de la OMS para la utilización de la CIF, se hace necesario prever entrenamientos específicos para formar a los profesores universitarios y, de esa manera, facilitar la enseñanza y la inclusión de la CIF en la práctica clínica. Se tomó en consideración el hecho de que, si los docentes no comprenden bien la herramienta, el proceso de enseñanza/aprendizaje estará comprometido, dificultándose la aplicación de la CIF por los futuros profesionales.

Palabras-clave: CIF. Docencia. Fisioterapia. OMS.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Silva Perfeito, Diretor do Instituto de Pilates, Fisioterapia e Educação: Fisart e Mestre em Ciências da Atividade Física pela Salgado de Oliveira

Diretor do Instituto Fisart e Mestre em Ciências da Atividade Física pela Salgado de Oliveira

Simone Alves da Silva, Discente do Instituto Fisart e Fisioterapeuta pela ASPER

Discente do Instituto Fisart e Fisioterapeuta pela ASPER

Referências

ANJOS, C. et al. Fatores ambientais das crianças com Síndrome de Down conforme a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv., São Paulo, v. 19, n. 2, p. 9-24, dez. 2019.

ARAÚJO, E.; BUCHALA, C. O uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde: uma reflexão sobre limites e possibilidades. Rev. Bras. Epidemiol, São Paulo, v.18, n. 3, p. 720-4, 2015.

ANDRADE, L. et al. Avaliação do nível do conhecimento e aplicabilidade da Classificação Internacional de Funcionalidade e Saúde. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 41, n. 114, p. 812-823, 2017.

BATISTA, A. et al. Perspectiva do fisioterapeuta sobre o fisioterapeuta sobre o Core set da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Diabetes Mellitus. 2016. 305 f. Monografia (Licenciatura em Fisioterapia) – Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Leiria, Leiria – Portugal, 2016.

BELMONTE, L.; CHIARADIA, L.; BELMONTE, L. CIF nos cursos de graduação de Fisioterapia da grande Florianópolis. Revista CIF Brasil, Jandira-SP, v. 2, n. 2, 2015.

BIZ, M.; CHUN, R. Operacionalização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, CIF, em um Centro Especializado em Reabilitação. CoDAS, São Paulo, v. 32, n. 2, e20190046, 2020.

CASTANEDA, L.; SILVEIRA, H.; CASTRO, S. Resposta ao Debate “O uso da CIF em inquéritos de saúde: uma reflexão sobre limites e possibilidades”. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 19, p. 688-689, 2016.

CASTANEDA, L. et al. Incapacidade/independência em mulheres com câncer do colo do útero: abordagem de acordo com a Classificação internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF/ICF). Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa – PR, v. 10, n. 2, 2018.

CASTRO, C.; PINTO, C.; DE ALMEIDA, M. Conhecimento e aplicação da classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde por fisioterapeutas de Fortaleza. Fisioterapia & Saúde Funcional, Fortaleza, v. 4, n. 2, p. 6-13, jul./dez. 2015.

CASTRO, G.; NASCIMENTO, L.; FIGUEIREDO, G. Aplicabilidade da CIF-CJ na avaliação de crianças com deficiências e o apoio familiar: uma revisão integrativa da literatura. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 22, n. 1, e11518, 2020.

CARVALHO, A. Conhecimento de acadêmicos de fisioterapia sobre a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). 2016. 49 f. Monografia (Graduação em Fisioterapia) – UniFor, Formiga – MG, 2016.

GOMES, C. et al. Pelo olhar de quem não sente a diferença: comparação dos Cores Sets da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde (CIF) para a paralisia cerebral com a perspectiva de crianças/jovens e cuidadores de Portugal. 2016. 61 f. Trabalho de conclusão de Curso (Licenciatura em Fisioterapia) – Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Leiria, 2016.

LIMA, T. et al. O uso da CIF para caracterização da funcionalidade de pacientes críticos em uma unidade de emergência. Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia, [s. l.], v. 4, n. 8, 2017.

MAGALHÃES, F et al. Avaliação de incapacidade e funcionalidade de trabalhadoras com LER/DORT: uso da CIF em checklist. Rev Bras Med Trab., São Paulo, v. 17, n. 4, p. 545-56, 2019.

MARÃES, V. et al. Projeto pedagógico do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 23, n. 2, p. 311-321, abr./jun. 2010.

MÉLO, T. et al. Sistematização de instrumentos de avaliação para os dois primeiros anos de vida de bebês típicos ou em risco conforme o modelo da CIF. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 26, n. 4, p. 380-393, dez. 2019.

OMS. Organização Mundial de Saúde, Organização Pan-americana de Saúde. CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2003.

PERNAMBUCO, A.; LANA, R.; POLESE, J. Opinião de profissionais acerca da viabilidade do uso da CIF. Revista CIF Brasil, Jandira-SP, v. 2, n. 2, 2015.

RESSLER, S. O uso prático da Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e Saúde em fisioterapia. 2017. 142 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, Criciúma-SC, 2017.

RIBERTO, M. Core sets da classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 64, n. 5, p. 938-46, set./out. 2011.

SANTOS, L. et al. Conhecimento e utilização da CIF por docentes fisioterapeutas na cidade de Teresina - PI. Revista Neurociências, São Paulo, v. 28, p. 1-14, 2020.

SCHARAN, K.O. et al. Desenvolvimento de sistema computacional baseado na CIF para o registro da prática clínica de acadêmicos de fisioterapia. Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia, São Paulo, v. 5, n. 10, supl., 2018.

Downloads

Publicado

2021-05-19

Como Citar

Silva Perfeito, R. ., & Alves da Silva, S. . (2021). A avaliação do conhecimento dos docentes em Fisioterapia sobre a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) . Revista Saúde E Desenvolvimento, 15(21), 6–18. Recuperado de https://www.revistasuninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/1108

Edição

Seção

Artigos