Recepção Clássica e discurso científico em Dark

Autores

  • Rafael Guimarães Tavares da Silva
  • Sara Anjos Graduação Letras (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.21882/ruc.v9i16.847

Resumo

Dark é uma aclamada série alemã em três temporadas (2017; 2019; 2020), criada pela roteirista Jantje Friese e dirigida por Baran bo Odar, contando com distribuição pela Netflix. Em seu jogo contínuo de suspense, esse intricadíssimo enredo esbanja referências das mais diversas ordens para construir uma narrativa complexa em termos de temporalidade, simbologia e sentido: a mitologia clássica, a tradição religiosa judaico-cristã, o ocultismo medieval e a ciência moderna são algumas das fontes importantes para a compreensão desse universo ficcional. Nosso propósito aqui é sugerir de que modo as referências a elementos clássicos e judaico-cristãos (mesmo quando refratados por autores modernos, como Nietzsche) contribuem para a construção de um sentido da trama em chave mítica e trágica ao longo da maior parte de suas três temporadas. O desenlace da série, contudo, em seu último episódio, parece oferecer uma espécie de contraponto a essa impressão geral e, à luz disso, pretendemos reorientar nossa análise.

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Biografia do Autor

Rafael Guimarães Tavares da Silva

Doutorando da área de Literatura: Letras Clássicas na FALE/ UFMG. Mestrado e graduação pela mesma instituição na mesma área. Atualmente cursa ainda a Licenciatura em Letras.

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Publicado

2022-05-30

Como Citar

SILVA, R. G. T. da; ANJOS, S. Recepção Clássica e discurso científico em Dark. Revista UNINTER de Comunicação, [S. l.], v. 9, n. 16, p. 38–51, 2022. DOI: 10.21882/ruc.v9i16.847. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/revistacomunicacao/index.php/revista/article/view/847. Acesso em: 26 abr. 2024.

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