Do que elas podem falar? As Páginas Amarelas através de uma perspectiva de gênero

Autores

  • André Luís Andrade Silva Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
  • Ariane Carla Pereira Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

DOI:

https://doi.org/10.21882/ruc.v8i14.817

Resumo

O presente artigo visa tecer discussões sobre a prática jornalística da revista Veja. Para isso, toma-se como objeto desta investigação as edições publicadas entre janeiro de 2011 e dezembro de 2016, tendo como fio condutor o alerta para os possíveis efeitos do saber e a identificação das formas de exercício do poder. O principal objetivo deste trabalho é investigar a seção de entrevistas denominada Páginas Amarelas, visto que os homens são ampla maioria neste ambiente, além de serem convidados a dissertarem sobre temáticas relacionadas ao espaço público. Sendo minoria nesta seção, cabe às mulheres falarem sobre os temas direcionados ao espaço privado. O diagnóstico nas Páginas Amarelas é feito a partir de uma perspectiva de gênero, visto que homens e mulheres não são convidados a dissertar sobre as mesmas temáticas.

 

DOI: 10.21882/ruc.v8i14.817

Recebido em: 02/02/2020

Aceito em: 14/06/2020

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Luís Andrade Silva, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Graduado em História/Licenciatura (2016) e Mestre (2019) em História e Regiões pela Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO/PR. Já atuou como professor efetivo da rede particular de ensino da cidade de Guarapuava/PR, entre os anos 2016 e 2018, lecionando aulas da disciplina de História no ensino fundamental II e ensino médio. Tem experiência na área de História da/na Mídia, com ênfase nos seguintes temas: Culturas Políticas, Análise do Discurso, Relações de Poder, Subjetividades e Imprensa Escrita. Desde 2019 é membro do grupo de pesquisa Conversas Latinas em Comunicação (CLC), atuando no fomento às investigações em Ciências da Comunicação. Atualmente estuda Especialização em Educação do Campo e Educação de Jovens e Adultos, ambas pela Faculdade São Braz.

Ariane Carla Pereira, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Maringá e Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora titular da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO/PR, do Departamento de Comunicação Social (DECS) e do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH). Atua também como docente convidada do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Doutorado) da Universidade Nacional de Jujuy (UNJu), em Jujuy, Argentina.

Referências

FOUCAULT, Michel. A ordem do discur-so: aula inaugural no Collège de France, pro-nunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 24. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

LUCA, Tania Regina de. Mulher em revista. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (Orgs.). Nova História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012, p. 450-465.

OKIN, Susan Moller. Gênero, o público e o privado. Revista Estudos Feministas. Flori-anópolis, v. 16, n. 02, p. 305 - 332, mai/ago, 2008.

PEREIRA, Ariane Carla. Ser mãe é... A maternidade normalizada pelo discurso jor-nalístico. Curitiba: Appris, 2018.

PERROT, Michelle. Em que ponto está a história das mulheres na França? Trad. Indá Soares Casanova. Revista Brasileira de His-tória: Espaço Plural. São Paulo: AMPUH, v. 14, n. 28, p. 09 - 27, 1994.

_____. As mulheres, o poder, a história. In: _____. Os excluídos da história: operá-rios, mulheres e prisioneiros. Trad. Denise Bottmann. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2017, p. 177 - 249.

PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (Orgs.). Nova História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Gênero e a política da história. Trad. Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila. New York: Columbia University Press, 1989.

SMITH, Bonnie. Gênero e História: ho-mens, mulheres e a prática histórica. Trad. Flávia Beatriz Rossler. Bauru: Edusc, 2003.

TUCHMAN, Gaye. Media, género, nichos. Revista Media & Jornalismo, Coimbra, v. 08, n. 15, p. 15 - 24, out, 2009.

Downloads

Publicado

2020-07-13

Como Citar

SILVA, A. L. A.; PEREIRA, A. C. Do que elas podem falar? As Páginas Amarelas através de uma perspectiva de gênero. Revista UNINTER de Comunicação, [S. l.], v. 8, n. 14, p. 28–39, 2020. DOI: 10.21882/ruc.v8i14.817. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/revistacomunicacao/index.php/revista/article/view/817. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos