O Anti-Édipo Stalinista

Autores

  • Marcos da Cunha e Souza UNINTER

Resumo

Um dos aspectos mais básicos do pensamento de Deleuze e Guattari no anti-Édipo é a relação da esquizofrenia com o capitalismo. Estes autores sustentam que a sociedade capitalista opera a descodificação dos fluxos que as outras formações sociais codificavam e sobrecodificavam. O presente artigo defende que outras estruturas econômicas e sociais também podem fabricar “esquizos”. A título de demonstração, debruça-se sobre o Estado soviético moldado por Josef Stalin. Examina a figura paterna de Stalin e sua relação com a sociedade. Apresenta, com base em relatos da época, como a maioria das pessoas se contentava em se adaptar ao regime totalitário, como forma de evitarem punições. Em seguida, aponta os “esquizos”, como aqueles que eram incapazes de se adaptar e que, até de bom grado, aceitavam as punições e o permanente risco de prisão ou morte. Faz, também, paralelos com a literatura. Ao final, conclui-se que o “esquizo”, tanto no capitalismo, quanto no totalitarismo stalinista, é alguém que teima em continuar a compreender o mundo a partir das lentes da sua própria compreensão, apesar de todos os cortes de fluxos que a sociedade tenta lhe impor.   

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

da Cunha e Souza, M. (2022). O Anti-Édipo Stalinista. IUS GENTIUM, 13(Especial). Recuperado de https://www.revistasuninter.com/iusgentium/index.php/iusgentium/article/view/618

Edição

Seção

Artigos

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