Devir-Sujeito em Blade Runner

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Resumo

A obra cinematográfica Blade Runner apresenta, em sua complexidade, condições privilegiadas para a reflexão crítica sobre as circunstâncias de construção da subjetividade contemporânea. Ela mostra, afinal, que a busca freudiana por uma identidade estável é um erro; seres múltiplos que somos, não nos definimos pelos elementos que nos compõem em extensão, ou pelas características que nos compõem em compreensão, mas pelas linhas e dimensões que comportamos em “intensão”. A salvação não está, portanto, na identidade do triângulo edipiano, ou na rostidade do espaço estriado, mas justamente na dissolução das identidades pelo movimento desterritorializante de devir-homem. A crise de identidade de Deckard em Blade Runner, assim como a de todos nós, espectadores, que o acompanhamos, não passa do efeito necessário ao devir-sujeito, que apenas pode se constituir enquanto tal no movimento de permanente dessubjetivação.

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Biografia do Autor

Walter Guandalini Junior, Centro Universitário Internacional - Uninter e Universidade Federal do Paraná

Mestre e Doutor em Direito do Estado (UFPR). Estágio de pesquisa (doutorado-sanduíche) na Università degli Studi di Firenze. Pós-Doutorado na Universidad de Huelva. Professor na Universidade Federal do Paraná e no Centro Universitário Internacional.

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

Guandalini Junior, W. (2022). Devir-Sujeito em Blade Runner. IUS GENTIUM, 13(Especial). Recuperado de https://www.revistasuninter.com/iusgentium/index.php/iusgentium/article/view/607

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