Devir-Sujeito em Blade Runner
Resumo
A obra cinematográfica Blade Runner apresenta, em sua complexidade, condições privilegiadas para a reflexão crítica sobre as circunstâncias de construção da subjetividade contemporânea. Ela mostra, afinal, que a busca freudiana por uma identidade estável é um erro; seres múltiplos que somos, não nos definimos pelos elementos que nos compõem em extensão, ou pelas características que nos compõem em compreensão, mas pelas linhas e dimensões que comportamos em “intensão”. A salvação não está, portanto, na identidade do triângulo edipiano, ou na rostidade do espaço estriado, mas justamente na dissolução das identidades pelo movimento desterritorializante de devir-homem. A crise de identidade de Deckard em Blade Runner, assim como a de todos nós, espectadores, que o acompanhamos, não passa do efeito necessário ao devir-sujeito, que apenas pode se constituir enquanto tal no movimento de permanente dessubjetivação.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor e do periódico, com os direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, com aplicações educacionais e não comerciais, de acordo com o creative commons.